Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
O que é hipertensão arterial sistólica (HAS)?
É a elevação persistente da pressão sanguínea, superior a 140×90 mmHg (milímetros de mercúrio).
A HAS é a doença crônica não transmissível mas frequente entre os idosos. Sua prevalência aumenta progressivamente com o envelhecimento, sendo considerada o principal fator de risco modificável na população geriátrica. Está presente em cerca de 65% dessa população no Brasil, podendo chegar a 80% entre mulheres com mais de 75 anos.
O que é pressão arterial (PA)?
O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é “empurrado” contra a parede dos vasos sanguíneos. Esta tensão gerada na parede das artérias é denominada Pressão Arterial (PA).
Foi demonstrado que existe uma relação direta e linear da pressão arterial (PA) com a idade e que 90% dos indivíduos com PA normal até os 55 anos desenvolverão HA ao longo da vida. Tanto a pressão arterial sistólica (PAS) quanto a pressão arterial diastólica (PAD).
O envelhecimento vascular é o principal aspecto relacionado à elevação da PA nos idosos, caracterizado por alterações na parede dos vasos, com consequente enrijecimento arterial. Grandes vasos como a aorta perdem sua distensibilidade podendo resultar em rigidez da parede das artérias e se expressam como aumento da pressão sistólica, condição que tem alta prevalência na população geriátrica.
Fatores de risco da HA: tabagismo, excesso de absorção de sódio, hereditariedade, sedentarismo, estresse e etilismo.
Os principais desfechos considerados têm sido a mortalidade geral e cardiovascular e a morbidade cardiovascular, como ocorrência de infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e Acidente Vascular Encefálico (AVE).
A arteriosclerose é o termo genérico que significa o espessamento e endurecimento da parede arterial, é a principal causa de morte no mundo ocidental. A hipertensão arterial é um dos fatores que predispõe a arteriosclerose, pois provoca alterações na superfície interna das artérias, facilitando a penetração das gorduras na parede arterial.
Os extremos de pressão arterial devem ser evitados, pois tanto níveis excessivamente elevados como a hipotensão arterial têm risco de produzir consequências negativas para a pessoa idosa.
A 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, publicada em 2016, sugere iniciar o tratamento de HA para pacientes idosos quando PAS ≥ 140 mmHG, recomendando que para os longevos (idades acima de 80 anos e mais) o tratamento tenha início com PAS ≥ 160 mmHG.
O tratamento da HAS pode ser medicamentoso (anti-hipertensivos e diuréticos), e não medicamentoso como a recomendação de atividade física, controle do peso, controle emocional, hábitos alimentares saudáveis, diminuição do sal, moderação no consumo de bebida alcoólica e abandono do tabagismo.
Insuficiência Cardíaca – IC
A Insuficiência cardíaca (IC) é uma doença na qual o coração não consegue mais bombear sangue suficiente para o resto do corpo, não conseguindo suprir as suas necessidades, sendo mais prevalente em idosos com idade maior ou igual a 65 anos como fator predisponente de aparecimento. A IC caracteriza-se por uma síndrome (sinais e sintomas) complexos de caráter sistêmico tendo sua origem na pressão arterial sistólica ou diastólica. Os sinais e sintomas da IC no idoso é a falta de ar, cansaço e inchaço. A atenção e os cuidados do idoso com IC está na ajuda do cuidador para a realização das atividades de vida diária do idoso, no cuidado com a manutenção da autonomia de acordo com a capacidade do idoso em realizar as suas tarefas como por exemplo tomar banho, vestir-se, o idoso dependo do grau e dos sintomas da IC pode requer ajuda total ou completa do cuidador em suas tarefas.
Tromboembolia pulmonar – TEP
O idoso tem maior risco em desenvolver trombose venosa e embolia pulmonar, e a mortalidade causada por fenômenos trombolíticos PE maior nesta população. A embolia pulmonar é causada pela obstrução das artérias dos pulmões por coágulo (trombos ou êmbolos) que, na maior parte das vezes se formam nas veias profundas das pernas ou da pélvis e são liberadas na corrente sanguínea. A gravidade do quadro está diretamente correlacionada com o tamanho do êmbolo onde os maiores podem interromper completamente a circulação pulmonar e ser uma condição fatal.
FATORES DE RISCO: imobilidade prolongada, cirurgias extensas, traumas, câncer, varizes, obesidade, tabagismo, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e distúrbios na coagulação do sangue.
Sinais e sintomas: dor torácica de início repentino ou que vai aumentando de intensidade; falta de ar; aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, palidez, ansiedade, pele e unhas azuladas (cianose), tosse seca ou com sangue.
ATENÇÃO E CUIDADOS: fazer uso de meias elásticas; o reinício da atividade física para movimentar as pernas durante o período de imobilidade em caso de idoso acamado pós cirurgia, não permanecer com o idoso por muito tempo sentado ou numa mesma posição.
Tromboses venosa profunda – TVP
A Trombose Venosa Profunda (TVP) é a coagulação do sangue em uma veia profunda de um membro (em geral panturrilha, coxa ou pelve ou pelve) é uma das causas principais de embolia pulmonar e é causada devido ao comprometimento do retorno venoso acarretando disfunção ou lesão endotelial ou provocando hipercoagulabilidade. Pode ser assintomática (sem sintomas) ou acarretar dor e edema (inchaço) do membro acometido que podem ser no membro inferior ou superior.
Sinais e Sintomas: edema, vermelhidão na pele (para ambos os membros inferiores ou superiores), em alguns casos febre.
Atenção e Cuidado: prevenir a imobilidade com a realização de pequenos movimentos no membro afetado, elevação do membro afetado por alguns períodos do dia.